terça-feira, 14 de abril de 2009

Caminho Possível

Plano de habitação privilegia energia solar
A construção de um milhão de casas populares anunciada pelo governo federal esta semana, no programa Minha Casa Minha Vida, deve incluir aquecedores solares, reduzindo em 70% o consumo de energia elétrica


Lançado ontem, dia 25 de março, o programa de habitação que prevê a construção de um milhão de casas para famílias com renda de até dez salários mínimos, ainda sem data para conclusão, será desenvolvido com base em parâmetros sustentáveis, segundo informou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.A intenção é que as moradias, concentradas na região sudeste (36%), tenham aquecedores solares, madeira certificada e sistema de captação de água de chuva. Para o engenheiro mecatrônico e coordenador da Cidades Solares, Carlos Farias, que auxiliou o trabalho do MMA – Ministério do Meio Ambiente – a ideia é viabilizar 500 mil casas nos próximos dois anos que supram 70% da sua demanda por aquecimento de água com energia solar.“Os aquecedores aumentam o preço de cada habitação entre 3% e 4%, mas a economia da conta de energia será de cerca de 30% a 40% por mês. O banho ainda é o responsável pela maior parte deste valor, representa aproximadamente metade da quantia”, diz. O custo previsto do plano habitacional é de R$ 34 bilhões.Farias acrescentou que a iniciativa irá favorecer o aumento de renda das famílias, como já vem acontecendo em algumas moradias populares concentradas e São Paulo e Minas Gerais, que somam 40 mil. “Temos depoimentos de pessoas que utilizam energia solar e, por isso, melhoram a qualidade de vida. A incidência de computadores nessas casas em relação a outras com a mesma renda familiar, por exemplo, é maior”.Outro impacto social esperado é que a opção pela energia solar gere mais empregos em comparação a fontes “sujas”. Em 2008, foram instalados 670 mil metros de coletores solares, um incremento de 18% em relação ao ano anterior. A expectativa é que, com a implantação de 500 mil casas, o mercado dobre.“A indústria já está preparada para atender essa demanda e a energia solar é a tecnologia energética que mais gera empregos: só nesse programa serão 30 mil vagas criadas”, afirma o engenheiro.Para suprir o consumo das 500 mil casas que seriam construídas até 2010, seria preciso construir uma usina com capacidade de 5MW (megawatts), o que custaria quase R$ 2 bilhões. Nessas circunstâncias, os aquecedores solares dispensam a obra, o encargo e evitam a emissão de uma tonelada de CO2 por ano.Existem, hoje, no país, mais de 30 projetos de lei federais para incentivar o uso de energias renováveis em trâmite há mais de sete anos.

Fonte:
http://planetasustentavel.abril.ig.com.br/noticia/energia/conteudo_431223.shtml

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